
Segundo dados do IBGE, mais de 1,9 milhão de crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos estavam em situação de trabalho infantil no Brasil em 2022. Entre as formas mais graves e invisibilizadas dessa violação de direitos está a exploração sexual de crianças e adolescentes — realidade presente em muitos territórios, especialmente os mais vulnerabilizados.
Como forma de fortalecer a proteção da infância e juventude, o Instituto Terre des Hommes Brasil, por meio do Projeto Elos de Proteção, está promovendo rodas de conversa nas comunidades escolares, em alusão ao 12 de junho — Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil.
Esses encontros têm o objetivo de sensibilizar estudantes, educadores e famílias sobre a importância de enfrentar o trabalho infantil e, especialmente, sua face mais cruel: a exploração sexual. Os espaços também estimulam reflexões sobre os direitos fundamentais da infância, como o direito à educação, à proteção, à saúde e a uma vida livre de qualquer forma de violência.
Para Josiberto Sousa, assessor técnico da TdH Brasil, essas ações são fundamentais para ampliar o debate e fortalecer as redes de cuidado nos territórios.
“As rodas de conversa são estratégias potentes de mobilização comunitária. Ao promover o diálogo nas escolas, estamos criando espaços seguros de escuta e construção coletiva de soluções para proteger nossas crianças e adolescentes”, afirma Josiberto.
O combate ao trabalho infantil e à exploração sexual é uma responsabilidade de toda a sociedade. Fortalecer os elos de proteção é garantir uma infância digna, segura e com direitos assegurados.