Juventude da Reaver Nordeste marca presença em Conferência Internacional da Juventude na Alemanha

Rede fortalece incidência política global e constrói carta de demandas para a COP30

Entre os dias 26 e 28 de setembro, a Kindernothilfe (KNH) realizou, em Duisburg, na Alemanha, a Conferência Internacional da Juventude, reunindo jovens de diferentes países — entre eles, Brasil, África do Sul, Alemanha, Sri Lanka. — para debater os desafios globais da crise climática.

A Reaver Nordeste participou do encontro no dia 27, com integrantes do Ceará, Maranhão, Piauí e Rio Grande do Norte, reafirmando o protagonismo juvenil e a importância da organização em rede para o enfrentamento das mudanças climáticas. A delegação da Reaver esteve presente na oficina “O que precisa acontecer? Desenvolvendo demandas políticas para proteger o clima – Parte II”, conduzida por Frank Mischo, Malte Pfau e Lynn Jurisch, da KNH.

Para Denise Mota, técnica do Instituto Terre des Hommes Brasil, o encontro foi mais que um espaço de apresentação.

“Foi um movimento de escuta e também de culminância de ideias, com a troca entre juventudes de diferentes países e suas visões sobre as mudanças climáticas. Ficou perceptível o quanto a juventude está preocupada com essas questões, algo que já podemos chamar de ‘ansiedade climática’”, destacou.

Durante a atividade, a juventude apresentou resultados das discussões já iniciadas em uma reunião preparatória no Brasil, realizada no dia 15 de setembro, onde foram elaboradas propostas para a construção de uma carta de demandas políticas coletivas. Esse documento será apresentado na COP30, como contribuição direta da juventude do Nordeste ao debate climático internacional.

Ao final da conferência, os jovens decidiram instituir o Grupo de Trabalho de Incidência Política da Reaver Nordeste, fortalecendo a militância regional e criando um espaço permanente para a construção de estratégias conjuntas.

“Encerramos o momento discutindo possíveis soluções para o racismo ambiental e refletindo sobre quem são os atores capazes de contribuir nessas transformações. Foi interessante perceber como vários temas se conectaram — desde a poluição das águas e o uso excessivo de plásticos até outras formas de degradação ambiental que impactam diretamente nossas comunidades. Foi um espaço de muitas trocas e aprendizados, e foi maravilhoso compartilhar experiências com juventudes de outros países, especialmente da África do Sul, com quem criamos conexões muito potentes e inspiradoras”, disse Lorena Kélvia, integrante da Rede Reaver Nordeste.