Rede Reaver marca presença na Cúpula dos Povos Nordeste 2025 e reforça protagonismo juvenil na luta climática

Seminário discutiu transição energética, conflitos socioambientais e estratégias de incidência popular rumo à COP 30 no Brasil.

A Rede Reaver esteve presente na Cúpula dos Povos Nordeste 2025, realizada entre os dias 21 e 23 de agosto, no auditório da Faculdade de Economia da Universidade Federal do Ceará (UFC), em Fortaleza. O encontro, intitulado “II Seminário Nordeste – Transição ou Tran$ação Energética? Conflitos, violações de direitos, clima e o poder digital”, reuniu movimentos sociais, coletivos e organizações da sociedade civil para fortalecer agendas de enfrentamento à crise climática e humanitária, no contexto da COP 30, que acontecerá em novembro de 2025, no Brasil.

Com foco na atualização de análises e na formulação de propostas coletivas, o evento buscou consolidar estratégias para uma incidência política qualificada nos processos da Cúpula dos Povos, elaborando recomendações e políticas públicas a partir da realidade nordestina. O seminário também deu continuidade ao debate iniciado em 2024, durante o primeiro encontro “Transição ou Transação Energética: agenda internacional e repercussões”, realizado em Fortaleza.

Durante os três dias de atividades, a Rede Reaver esteve representada em diferentes espaços de discussão. Maluy, integrante do Coletivo Sarigueia Akangatu e da Reaver, defendeu a pauta da retomada dos povos indígenas em contexto urbano, ampliando o debate sobre justiça climática e territorialidade a partir da perspectiva da juventude indígena.

“Fortaleza é indígena. Eu trago essa pauta pensando na gente: não se reconhecer para tornar-se algo… Ser indígena também é luta. E, na cidade, na periferia, também é luta — nossas conquistas por ocupação, por água. É para a gente se reconhecer e se cuidar, precisamos falar sobre a importância dessa luta. Não querem me ver como liderança, como pessoa que traz informações. Mas devemos continuar lutando.”, destaca Maluy.