Horta suspensa fortalece educação ambiental e vínculos afetivos em escola de Fortaleza

Alunos da escola Moema Távora durante a oficina de hortas suspensas.

Horta é cuidado, é educação, é paciência e, acima de tudo, um gesto político de resistência e reconexão com a terra. No dia 26 de junho, a Escola Moema Távora, localizada no bairro Pirambu — território de múltiplas potências e desafios socioambientais de Fortaleza —, recebeu a equipe do Projeto Saúde Ambiental para a realização de uma oficina de construção de hortas suspensas com cerca de 40 estudantes do Ensino Médio.

A ação integra as estratégias educativas do projeto, que busca fortalecer a consciência ecológica, os vínculos comunitários e o protagonismo juvenil por meio de práticas sustentáveis e acessíveis. A horta será feita de forma orgânica, utilizando materiais recicláveis, como garrafas PET, e sem o uso de insumos químicos como os agrotóxicos — uma escolha que questiona o modelo de produção que envenena a vida e compromete o futuro das novas gerações.

Durante a oficina, conduzida pela educadora ambiental Kelyanne Noronha, as turmas do 1º, 2º e 3º ano mergulharam na experiência do fazer coletivo. Os alunos trabalharam habilidades como paciência, empatia, escuta e criatividade, construindo suas hortas com afeto e consciência.

“Nós começamos com uma dinâmica sensível, para que os alunos pudessem se conectar com o tema e cultivar bons sentimentos. Plantamos palavras que representam aquilo que eles desejam desenvolver durante o processo de implementação da horta: respeito, cuidado, transformação, solidariedade”, compartilhou Kelyanne.

O “Projeto Saúde Ambiental” é uma iniciativa do Instituto Terre des Hommes (TdH) Brasil em parceria com a entidade filantrópica alemã KNH e o Ministério Federal da Cooperação Econômica e do Desenvolvimento da Alemanha (BMZ). O projeto visa garantir o direito à saúde ambiental para crianças e adolescentes, promovendo a mobilização desses jovens como agentes de transformação social.