Na praia da Leste, juventude lidera ação ambiental no Dia Mundial de Limpeza de Praias, Rios e Lagoas

Encontro visa informar sobre o racismo ambiental, a crise climática e seus impactos nas populações periféricas. Além disso, a ação incluirá uma limpeza na Praia da Leste, destacando a importância de cuidar do meio ambiente. (FOTO: Reaver/Divulgação)

No sábado, 21 de setembro, em alusão ao Dia Mundial de Limpeza de Praias, Rios e Lagoas, a Rede Reaver e o Instituto Terre des Hommes (TdH) Brasil, em parceria com a Barraca Foi Sol, promoveram o 3º Seminário Reaver: “A Influência do Racismo Ambiental na Saúde Mental”. O evento, realizado na Praia da Leste, em Fortaleza, incluiu uma ação de limpeza da praia e reuniu jovens para discutir os impactos do racismo ambiental nas comunidades periféricas, negras, quilombolas e indígenas, além de abordar como essas questões afetam a saúde mental dessas populações.

O seminário proporcionou um espaço de diálogo e reflexão sobre os impactos das mudanças climáticas e do racismo ambiental, com foco nas vivências dos participantes em seus territórios e formas de reverter esse cenário. Entre os depoimentos, o jovem Yago Saldanha, conhecido como “Sal”, membro da Rede Reaver e do grupo Égide, destacou a relevância do tema. “É uma temática que não é muito debatida na sociedade, e o racismo ambiental, juntamente com as mudanças climáticas, afeta não só o meio ambiente, mas também aspectos da vida social, incluindo a saúde mental”, disse.

A oceanógrafa Ruama Rufino, presente na roda de conversa, enfatizou a importância do cuidado com o ambiente costeiro. “Com o conhecimento, vemos o ambiente costeiro não apenas como sustento e lazer, mas também como identidade, conexão e sustentabilidade. É preciso cuidar, preservar e respeitar.”

(FOTO: Reaver/Divulgação)

Thayna Sousa, articuladora do projeto Saúde Ambiental, integrante da Rede Reaver e do Coletivo Revide, reforçou o caráter de resistência do encontro. “Para mim, a palavra ‘resistir’ define nosso encontro. Falamos sobre o racismo ambiental que nos atravessa, pessoas de periferia, e estar aqui é um ato de revolucionar e ressignificar nossa existência. É também um gesto de amor pela natureza”, comentou.

O evento também contou com manifestações culturais, como oficinas de bambolê, alta controle e jogos pedagógicos relacionados à temática ambiental. A banda Sol Roots encerrou o dia com uma apresentação especial.

O evento contou com o apoio da KNH, BMZ, SoulLest, Greenpeace Fortaleza, Projeto Aqua, Alta Controle, Bioveg e Coletivo PiraRoots.

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