4º encontro para construção da Política de Igualdade Racial de TdH Brasil ocorre no Ilè Ibá Asè Kpósú Aziri

Foto: TdH

Como parte do empenho para promover a compreensão sobre a cultura africana e suas religiões, a equipe de TdH Brasil realizou, no dia 20 de junho, o quarto encontro para a construção da Política de Igualdade Racial da instituição. O evento ocorreu no Ilè Ibá Asè Kpósú Aziri, o primeiro terreiro de Candomblé fundado em Fortaleza, no Ceará.

O Ilè Ibá Asè Kpósú Aziri iniciou suas atividades em 2 de julho de 1975, sob a liderança dos Babalorisás Del de Oxum e Xavier de Obaluayê. Desde então, a casa de Asé Ilê Ibá se tornou um importante centro cultural e religioso, deixando um legado significativo. Em 2000, a condução do terreiro passou para o Babalorixá Shell de Obaluayê, filho de Pai Del, que foi iniciado em 1978.

Em 1975, o terreno para a fundação do terreiro foi adquirido com a intenção explícita de estabelecer um espaço dedicado ao Candomblé em Fortaleza. “Aqui é uma terra muito voltada à Umbanda, ao Catimbó, e meu pai despertou o Candomblé dentro do estado do Ceará. Hoje, sou muito honrado de ter me Babalorixá. Isso já está empregado em minha alma”, comentou Shell de Obaluayê, Babalorixá da casa, ressaltando a importância do pioneirismo do terreiro na região.

Durante o encontro, os participantes tiveram a oportunidade de conhecer a casa, seus costumes e rotinas. A história dos povos africanos no Brasil, as diferenças entre Candomblé e Umbanda, e as histórias dos Orixás foram temas abordados ao longo da visita. 

A Assessora Técnica de TdH Brasil, Renata Araújo, destacou a importância dessa experiência. “Durante esse processo, surgiu a ideia de conhecermos um terreiro que trabalha com a religião de matriz africana. Fizemos essa articulação, e a proposta é que os colaboradores de TdH possam conhecer as origens das religiões de matriz africana, a relação dessas religiões com a temática das questões raciais e, a partir disso, pensar um pouco como a política institucional pode contemplar de alguma forma as religiões de matriz africana, considerando essa questão da ancestralidade e do preconceito que envolve esses movimentos”, disse. 

Com o encontro, a iniciativa do Instituto Terre des Hommes Brasil é fomentar discussões essenciais sobre igualdade racial, ancestralidade e combate ao preconceito, proporcionando, aos seus colaboradores, uma imersão na cultura e religiosidade de matriz africana.

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