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Um dos desafios que a pandemia tem nos apresentado diariamente é o de como continuar nossas ações de defesa dos direitos de crianças, adolescentes e jovens. No mês de julho, quando o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) completou seus 30 anos, esse desafio se tornou ainda mais importante.
Entre campanhas virtuais de divulgação do Estatuto e dos desafios que seguimos enfrentamos para sua plena implementação até a realização de formações virtuais com atores do Sistema de Garantia de Direitos. O Workshop Como Proteger Crianças e Adolescentes em Situações de Violências foi uma dessas importantes ações.
Realizado nos meses de junho e julho de 2020 ao longo de dez (10) encontros virtuais, a formação contou com a participação de mais de 50 pessoas entre adolescentes, jovens, atores comunitários diversos do Grande Mucuripe e até de outros estados.
Com o intuito de contribuir com a formação de famílias e demais atores comunitários para a proteção de crianças e adolescentes em situações de violências, as oficinas tiveram como base a experiência do Modelo de Prevenção à Violência Mucuripe da Paz, desenvolvida no Grande Mucuripe e sistematizada na publicação "Mucuripe da Paz: Uma Rede de Proteção a crianças e adolescentes" (acesse aqui).
Para a assessora técnica do Instituto Terre des hommes Paula Rodrigues, o Workshop foi de muita relevância para fortalecer habilidades e conhecimentos com relação a proteção de crianças e adolescentes. "Estamos vivenciando um contexto de pandemia e precisamos estar atentos para garantir que crianças e adolescentes sejam cuidados e protegidos como preconiza o ECA", enfatiza.
As oficinas foram facilitadas pela psicóloga Lastênia Soares, consultora do Instituto Tdh Brasil, que abordou temas como: contexto comunitário e violências; Rede de Proteção; procedimentos de proteção de situações de violência; caminhos de proteção (passo a passo da intervenção comunitária por Tdh) e a importância do trabalho em Rede; importância dos atores comunitários (profissionais, famílias, adolescentes e jovens) no fortalecimento da Rede de proteção e direito à participação de crianças e adolescentes e sua autoproteção.
A participante Ana Valéria, do Napaz do Vicente Pinzón, destacou a importância da iniciativa. "Participar do Workshop nos trouxe informações essenciais para podermos lidar com situações de violência contra crianças e adolescentes, nos mostrou portas de entrada e o caminho a ser trilhado quando nos depararmos com essas situações. É muito importante que a comunidade possa estar de posse do conhecimento sobre as formas e os caminhos de denúncia, por isso agradeço pela iniciativa e indico que em outra oportunidade outras pessoas participem da formação".